terça-feira, 9 de novembro de 2010

Vazamento de combustível do Discovery adia decolagem.



Vazamento de hidrogênio no tanque externo de combustível do ônibus Discovery causou novo adiamento
Foto: AFP

Um vazamento de hidrogênio no tanque externo de combustível do ônibus Discovery descoberto nesta sexta-feira levou a um novo adiamento de seu lançamento, informou um porta-voz da Nasa - a agência espacial americana.
Na véspera, a Nasa já havia adiado por 24 horas o lançamento do ônibus espacial em consequência das más condições meteorológicas. O lançamento desta sexta estava a princípio programado para as 15h04 (17h04 de Brasília). De acordo com as previsões meteorológicas há 70% de probabilidades de condições favoráveis para o horário.
É o quarto adiamento do lançamento do Discovery, com seis astronautas a bordo e que deve acoplar-se à Estação Espacial Internacional (ISS). As três primeiras foram provocadas por problemas técnicos

Astrônomos acham sistema planetário ao redor de estrela binária


Astrônomos dizem que as prováveis cores e tamanhos dos planetas e estrelas lembram um jogo de sinuca
Foto: Universidade de Sheffield/ Universidade de Warwick /Divulgação

Astrônomos das universidades de Warwick e de Sheffield, ambas no Reino Unido, afirmam ter descoberto um raro sistema planetário em uma estrela binária.
A estrela binária NN Serpentis é formada por uma estrela anã vermelha e uma anã branca que orbitam uma a outra e estão muito próximas, o que diminui o tempo de órbita - se elas estivessem no lugar do nosso Sol, veríamos a anã vermelha, que é maior, eclipsar a branca a cada três horas e sete minutos.
Já se acreditava que pelo menos um planeta orbitava NN Serpentis. Contudo, um estudo desses constantes eclipses registrou um padrão de pequenas, mas significantes irregularidades na órbita das estrelas e indicou a presença de dois planetas gigantes gasosos. Um deles com seis vezes a massa de Júpiter e com uma órbita de 15,5 anos ao redor da estrela binária. O outro, acreditam os astrônomos, tem 1,6 vezes a massa do nosso maior planeta e leva 7,75 anos para terminar sua órbita.
Segundo os astrônomos, a descoberta de planetas já se tornou mais comum - são conhecidos pelos menos 490 fora do Sistema Solar. Contudo, poucos sistemas planetários são conhecidos em estrelas binárias.
"Se estes planetas nasceram com suas estrelas, eles devem ter sobrevivido a um evento dramático há milhões de anos: quando a estrela primária original inchou e se transformou em uma vermelha gigante, fazendo a estrela secundária "mergulhar" nesta estreita órbita atual, e assim lançando a maior parte da massa da primária", diz Vikram Dhillon, da Universidade de Sheffield. Outra possibilidade é que os planetas tenham se formado da massa ejetada pela estrela.
"Mais da metade das estrelas são binárias, mas nós temos muito a aprender sobre os efeitos de planetas ao redor delas. Uma vez que estes planetas podem ser muito jovens, eles ainda pode ser muito brilhantes, o que significa que nós poderíamos olhar diretamente para a luz deles (observar diretamente os planetas). É uma possibilidade muito empolgante", diz Stuart Littlefair, também de Sheffield

Nasa divulga nova imagem da "estrela da morte"


Lua Mimas lembra a Estrela da Morte da trilogia Star Wars
Foto: Divulgação

A Nasa - a agência espacial americana - divulgou nesta segunda-feira uma nova imagem da "estrela da morte", como é conhecida a lua Mimas, de Saturno, por causa da sua semelhança com a estação espacial esférica chefiada pelo vilão Darth Vader na saga Star Wars.
O que mais chama a atenção na lua é a gigantesca cratera Herschel, com 130 km de largura. A cratera é um dos objetos mais estudados pela missão Cassini.
A imagem foi registrada em luz visível no dia 16 de outubro e divulgada nesta segunda-feira. A sonda estava a 103 mil km de distância quando fez a fotografia.
A missão é uma cooperação entre a Nasa e as agências espaciais europeia (ESA, na sigla em inglês) e italiana, sendo administrada pelo Laboratório de Propulsão a Jato, no Instituto de Tecnologia de Pasadena, nos Estados Unidos.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Lua abriga tesouros como a prata, diz estudo


O solo lunar é mais rico do que se pensava até agora, com vestígios de prata em meio a uma mistura complexa de elementos e componentes encontrados dentro de uma das crateras da Lua, indicou um estudo publicado nesta quinta-feira.
Pesquisadores da Universidade Brown, que analisaram partículas de poeira lunar, obtidas por uma colisão organizada pela Nasa no ano passado, descobriram uma surpreendentemente rica mistura que, além de prata, incluiu água e compostos como hidroxil, monóxido de carbono, dióxido de carbono, amônia e sódio livre.
"Este lugar parece um baú de tesouros de elementos, de compostos que foram liberados por toda a lua, e pararam neste local, em permanente escuridão", afirmou o geólogo da Brown, Peter Schultz, chefe das pesquisas que serão publicadas em artigo na edição de 22 de outubro da revista Science.
As partículas lunares foram coletadas quando um foguete da Nasa atingiu a Lua cerca de um ano atrás, dando a cientistas a oportunidade de aprender sobre a composição do solo nos polos da Lua, algo que nunca havia sido examinado.
As descobertas foram feitas pelo Satélite Lunar CRater Observing and Sensing, da Nasa, ou missão LCROSS, um experimento de 79 milhões de dólares no âmbito do qual a agência espacial americana enviou um foguete para colidir com a cratera Cabeus, no polo sul lunar.
O foguete acertou a cratera a uma velocidade de 9 mil km/h, provocando a elevação de uma enorme pluma de material do fundo da cratera, que permaneceu intocado pela luz do sol durante bilhões de anos. Ao envio do foguete se seguiu, minutos depois, uma nave equipada com câmeras para registrar os efeitos do impacto.
Em novembro do ano passado, a Nasa divulgou as primeiras descobertas do experimento, ao anunciar a descoberta de uma "quantidade significativa" de água congelada na lua.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Cientistas conseguem mover objetos por 1,5 m apenas com luz

Foram movidas partículas extremamente pequenas por 1,5 m usando apenas a força do raio laser. Foto: Universidade Nacional da Austrália/Divulgação
Pequena partícula (ponto verde) foi movida por 1,5 m com raio laser
Foto: Universidade Nacional da Austrália/Divulgação

Cientistas desenvolveram método para mover apenas com o uso de luz partículas por distâncias nunca conseguidas anteriormente. Foi usado um raio laser especialmente criado para a pesquisa. As informações são do site Physorg.
Equipe do Centro de Física a Laser, da Universidade Nacional da Austrália, conseguiu mover partículas extremamente pequenas por 1,5 m usando apenas a força do raio laser. O tamanho das microesferas variava entre 60 e 100 micrometros.
Por 40 anos, cientistas usaram radiação de luz para mover e manipular pequenos objetos. Até agora, os movimentos eram restritos a pequenas escalas, por não mais que milhares de micrometros - e a maioria em líquidos. Manipulação óptica de partículas por grandes distâncias podem ter várias aplicações, como permitir o transporte de contêineres com substâncias perigosas sem a necessidade de toque.
Como a técnica desenvolvida não funciona no vácuo seu uso é de grande importância na Terra, como na montagem de micro máquinas e componentes eletrônicos.

Estrela causa explosão de raios e surpreende astrônomos

O sistema binário surpreendeu os astrônomos ao começar a emitir raios gama. Foto: Nasa/DOE/Fermi LAT Collaboration/Divulgação
O sistema binário surpreendeu os astrônomos ao começar a emitir raios gama
Foto: Nasa/DOE/Fermi LAT Collaboration/Divulgação

Um time de astrônomos descobriu que uma 'nova' - uma explosão que ocorre na morte de alguns tipos de estrelas - pode emitir as mais poderosas energias gama conhecidas na natureza. A descoberta é surpreendente, já que não foi previsto anteriormente que as novas poderiam resultar nessa explosão de raios, ao contrário das brilhantes supernovas (explosões que ocorrem no final da vida de uma estrela massiva). As informações são do site da BBC.
As primeiras observações que indicavam estes dados foram feitas por amadores e agora confirmadas por registros do telescópio Fermi - que detecta raios gama. A descoberta vai contra teorias de como as estrelas evoluem e morrem. O estudo foi publicado no jornal especializado Science.
Estrelas maiores costumam morrer com uma gigantesca explosão conhecida como supernova, a qual gera um grande e rápido movimento de partículas em grandes campos magnéticos. A colisão dessas partículas com outras matérias causa os raios gama - a mais enérgica forma da luz.
Contudo, muitas estrelas não têm massa suficiente para dar início à cadeia de eventos que leva a uma supernova, por isso acabam se tornando anãs brancas. Estes astros podem encontrar uma "companheira" próxima e atrair material desta, levando a um evento de massa crítica que eventualmente desencadeará fusão nuclear e, por fim, terminará em uma nova - a "prima" menos brilhante da supernova.
Apesar de ser uma grande explosão, a nova não deveria envolver processos o suficiente para levar ao surgimento de raios gama, segundo as teorias até então mais aceitas.
Contudo, a equipe que trabalhou no telescópio estudou um sistema binário chamado de V407 Cygni e que contém uma anã branca e uma vermelha gigante, a 9 mil anos-luz da Terra. Eles foram alertados sobre o sistema por astrônomos amadores japoneses que notaram que o brilho de V407 Cygni havia aumentado 10 vezes em poucos dias.
A equipe então se surpreendeu ao direcionar o telescópio, criado especialmente para registrar os raios gama, e conseguir registros de um local não esperado e de níveis de energia menos esperados ainda.
Vantagens
O estudo das atividades das novas pode ajudar os astrônomos, já que o processo de uma supernova leva centenas de anos, enquanto que o da "prima" menos exuberante termina em alguns dias. "Saímos de um álbum de fotos para um filme em alta velocidade", diz à reportagem o coautor do estudo, Kent Wood, sobre as diferenças de pesquisar os raios gama em uma supernova e em uma nova.