quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Cientistas conseguem mover objetos por 1,5 m apenas com luz

Foram movidas partículas extremamente pequenas por 1,5 m usando apenas a força do raio laser. Foto: Universidade Nacional da Austrália/Divulgação
Pequena partícula (ponto verde) foi movida por 1,5 m com raio laser
Foto: Universidade Nacional da Austrália/Divulgação

Cientistas desenvolveram método para mover apenas com o uso de luz partículas por distâncias nunca conseguidas anteriormente. Foi usado um raio laser especialmente criado para a pesquisa. As informações são do site Physorg.
Equipe do Centro de Física a Laser, da Universidade Nacional da Austrália, conseguiu mover partículas extremamente pequenas por 1,5 m usando apenas a força do raio laser. O tamanho das microesferas variava entre 60 e 100 micrometros.
Por 40 anos, cientistas usaram radiação de luz para mover e manipular pequenos objetos. Até agora, os movimentos eram restritos a pequenas escalas, por não mais que milhares de micrometros - e a maioria em líquidos. Manipulação óptica de partículas por grandes distâncias podem ter várias aplicações, como permitir o transporte de contêineres com substâncias perigosas sem a necessidade de toque.
Como a técnica desenvolvida não funciona no vácuo seu uso é de grande importância na Terra, como na montagem de micro máquinas e componentes eletrônicos.

Estrela causa explosão de raios e surpreende astrônomos

O sistema binário surpreendeu os astrônomos ao começar a emitir raios gama. Foto: Nasa/DOE/Fermi LAT Collaboration/Divulgação
O sistema binário surpreendeu os astrônomos ao começar a emitir raios gama
Foto: Nasa/DOE/Fermi LAT Collaboration/Divulgação

Um time de astrônomos descobriu que uma 'nova' - uma explosão que ocorre na morte de alguns tipos de estrelas - pode emitir as mais poderosas energias gama conhecidas na natureza. A descoberta é surpreendente, já que não foi previsto anteriormente que as novas poderiam resultar nessa explosão de raios, ao contrário das brilhantes supernovas (explosões que ocorrem no final da vida de uma estrela massiva). As informações são do site da BBC.
As primeiras observações que indicavam estes dados foram feitas por amadores e agora confirmadas por registros do telescópio Fermi - que detecta raios gama. A descoberta vai contra teorias de como as estrelas evoluem e morrem. O estudo foi publicado no jornal especializado Science.
Estrelas maiores costumam morrer com uma gigantesca explosão conhecida como supernova, a qual gera um grande e rápido movimento de partículas em grandes campos magnéticos. A colisão dessas partículas com outras matérias causa os raios gama - a mais enérgica forma da luz.
Contudo, muitas estrelas não têm massa suficiente para dar início à cadeia de eventos que leva a uma supernova, por isso acabam se tornando anãs brancas. Estes astros podem encontrar uma "companheira" próxima e atrair material desta, levando a um evento de massa crítica que eventualmente desencadeará fusão nuclear e, por fim, terminará em uma nova - a "prima" menos brilhante da supernova.
Apesar de ser uma grande explosão, a nova não deveria envolver processos o suficiente para levar ao surgimento de raios gama, segundo as teorias até então mais aceitas.
Contudo, a equipe que trabalhou no telescópio estudou um sistema binário chamado de V407 Cygni e que contém uma anã branca e uma vermelha gigante, a 9 mil anos-luz da Terra. Eles foram alertados sobre o sistema por astrônomos amadores japoneses que notaram que o brilho de V407 Cygni havia aumentado 10 vezes em poucos dias.
A equipe então se surpreendeu ao direcionar o telescópio, criado especialmente para registrar os raios gama, e conseguir registros de um local não esperado e de níveis de energia menos esperados ainda.
Vantagens
O estudo das atividades das novas pode ajudar os astrônomos, já que o processo de uma supernova leva centenas de anos, enquanto que o da "prima" menos exuberante termina em alguns dias. "Saímos de um álbum de fotos para um filme em alta velocidade", diz à reportagem o coautor do estudo, Kent Wood, sobre as diferenças de pesquisar os raios gama em uma supernova e em uma nova.

Imagem de galáxia que expele "superventos" é divulgada

NGC 4666 é uma galáxia que apresenta formação estelar intensa e um super-vento de gás. Foto: ESO/Divulgação
NGC 4666 é uma galáxia que apresenta formação estelar intensa e um "super-vento" de gás
Foto: ESO/Divulgação

A galáxia NGC 4666 teve imagem divulgada nesta quarta-feira pelo ESO (Observatório Espacial Europeu do Sul). O telescópio MPG/ESO, localizado no Observatório de La Silla, no Chile, captou a foto. A NGC 4666 tem formação estelar intensa e seus gases formam "superventos".
Esta imagem será utilizada para estudo de outros objetos detectados anteriormente em observações de raios-X. Não é a primeira vez que esta galáxia foi visualizada: o telescópio da ESA XMM-Newton já havia captado imagens dela anteriormente.
Localiza-se a aproximadamente 80 milhões de anos-luz da Terra. Sua forte formação de estrelas, acredita-se, é causada por interações gravitacionais entre ela e suas galáxias vizinhas. Incluídas nestas está a NGC 4668, que pode ser vista no canto esquerdo inferior da imagem.
Já os "superventos" são causados por combinações de explosões de supernovas e ventos ocasionados por estrelas de grande massa. Essas combinações lançam jatos de gás da galáxia para o espaço. Os "superventos" são de grande dimensão, se originam na região central da galáxia e estendem-se por milhares de anos-luz. Seus gases são quentes, o que causa a emissão de radiação em raios-X e rádio, o que impede sua observação em fotos.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ESO divulga imagem de galáxia semelhante à Via Láctea


Na imagem, a espetacular NGC 300, uma galáxia espiral semelhante à Via Láctea, situada no Grupo de Galáxias do Escultor
Foto: Eso/Divulgação

O Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgou uma nova imagem da espetacular NGC 300, uma galáxia espiral semelhante à Via Láctea, situada no Grupo de Galáxias do Escultor. Obtida com o instrumento Wide Field Imager (WFI), no Observatório de La Silla, no Chile, esta imagem, adquirida num total de tempo de exposição de 50 horas, revela a estrutura da galáxia em grande detalhe. A NGC 300 situa-se a cerca de seis milhões de anos-luz de distância.
Descoberta pelo astrônomo escocês James Dunlop no início do século XIX, a NGC 300 é uma das galáxias espirais mais próximas e proeminentes do céu austral. É suficientemente brilhante para puder ser observada com binóculos. Situa-se na discreta constelação do Escultor, constelação essa que tem poucas estrelas brilhantes, mas que abriga uma coleção de galáxias próximas que formam o Grupo do Escultor.
Outros membros deste grupo têm sido observados por telescópios do ESO, são as NGC 55, NGC 253 e NGC 7793. A maior parte das galáxias apresenta sempre alguma peculiaridade, mas a NGC 300 parece ser completamente normal, o que a torna o exemplo ideal para os astrônomos estudarem a estrutura e o conteúdo de galáxias espirais como a nossa.
O objetivo principal desta campanha observacional era obter um censo bastante completo das estrelas nesta galáxia, contando tanto o número, como as variedades de estrelas e determinando regiões ou apenas estrelas individuais que necessitem de investigação mais focalizada e aprofundada. Mas tal coleção, extremamente rica em dados, irá certamente ter muitos outros usos nos próximos anos.
Ao observar a galáxia através de filtros que isolam especificamente a radiação emitida por hidrogênio e oxigênio, as inúmeras regiões de formação estelar ao longo dos braços em espiral da NGC 300 podem ser observadas na imagem com extrema nitidez, apresentando-se como nuvens vermelhas e cor-de-rosa. Com o seu enorme campo de visão, correspondente ao tamanho da Lua Cheia, o WFI é a ferramenta ideal para os astrônomos estudarem extensos objetos.
A NGC 300 abriga também muitos fenômenos astronômicos interessantes que têm sido estudados com os telescópios do ESO. Os astrônomos descobriram recentemente nesta galáxia o buraco negro mais distante e de maior massa encontrado até hoje, num sistema binário tendo como companheira uma estrela Wolf-Rayet quente e brilhante.
A NGC 300 e outra galáxia, NGC 55, encontram-se em rotação lenta na direção e em torno uma da outra, na primeira fase do longo processo de fusão. A melhor estimativa atual da distância à NGC 300 foi igualmente determinada por astrônomos que utilizaram, entre outros, o Very Large Telescope do ESO, no Observatório do Paranal.

Amadores registram colisões de cometas em Júpiter


Amadores registraram momento em que cometas atingiram o planeta gigante
Foto: Reuters

A Nasa - a agência espacial americana - divulgou nesta quinta-feira duas imagens registradas por astrônomos amadores de cometas atingindo o planeta Júpiter. As imagens foram registradas em junho e agosto e mostram bolas de fogo criadas pela colisão dos objetos no gigantesco planeta gasoso. As informações são da agência AP.
Segundo a agência, a imagem da esquerda foi registrada por Anthony Wesley, morador de Broken Hill, na Austrália, em 3 de junho. Ele utilizou um telescópio de 37 cm. A bola de fogo aparece na direita do planeta como um pequeno ponto.
O segundo registro foi feito por Masayuki Tachikawa, de Kumamoto, no Japão, em 20 de agosto. A colisão aparece na região superior direita, próxima ao centro de Júpiter.